Tool For undertakings – T4U da EIOPA e o seu fim

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A T4U, a ferramenta da EIOPA para a criação de reportes Solvência II – SII em XBRL, vai deixar de ser suportada por esta instituição já a partir de Junho de 2016. Além disso muitos utilizadores afirmaram que têm assistido a vários problemas com a ferramenta, bem como, encontrado problemas de performance quando se está a lidar com documentos grandes, com muita informação financeira.

Desta forma várias empresas seguradoras Portuguesas que têm de reportar à ASF estão a ver-se forçadas a procurar soluções de reporte XBRL no mercado. No entanto toda uma análise exaustiva das soluções disponíveis no mercado é necessária pois os problemas de performance encontrados na T4U são encontrados nestas soluções existentes no mercado e mais tarde acabam também por ser descontinuados.

Solvência II e os Modelos Específicos Nacionais (NST) na Irlanda: Empresas de seguros têm de se preparar para reportar à CBI em XBRL

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O Banco Central da Irlanda (CBI) decidiu alargar os requisitos de comunicação Solvência II da EIOPA, com a adição de Modelos Nacionais  Específicos (NST). Este reporte adicional é composto por 13 novos modelos – Quarterly Aggregate Balance Sheet Statement (NST 12) e Quarterly Aggregate Reporting of Security Holdings (NST 13) são obrigatórios para todas as empresas de seguros regulamentadas na Irlanda.

O Data Point Model NST (DPM) e a taxonomia XBRL foram publicados pela CBI em meados de Dezembro de 2015 e desde essa altura que as empresas de seguros na Irlanda têm vindo a prepara-se para este reporte adicional em XBRL. As várias empresas de software XBRL também têm vindo a prepara-se de forma a poder ajudar os seus clientes com este novo requisito de reporte já a partir de Maio de 2016.

Em Portugal talvez se poderá esperar o mesmo alargamento de requisitos por parte da Autoridade de Supervisão de Seguros – ASF pois os requisitos de comunicação SII da EIOPA podem não cobrir toda a informação que a ASF necessita.

O XBRL e a preparação para a aplicação do regime Solvência II

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A Autoridade de Seguros e Fundos [1], o antigo Instituto de Seguros de Portugal – ISP, vai requerer, a partir de 2016, que todas as empresas seguradoras Portuguesas que reportam SII façam o mesmo em XBRL como publicado na circular n.º 5/2014, de 12 de Dezembro. Saliento aqui um dos parágrafos importantes desta circular:

No que diz respeito ao reporte, e tal como referido na sessão de divulgação acima mencionada, a linguagem XBRL irá ser utilizada na comunicação entre as autoridades de supervisão nacionais e a EIOPA. O Instituto de Seguros de Portugal reconhece que essa linguagem otimiza a transmissão de informação financeira, entendendo, por isso, que a mesma deve ser adotada na prestação do reporte harmonizado em regime Solvência II pelas empresas de seguros e pelos grupos seguradores.

Torna-se portanto vital que as nossas empresas seguradoras Portuguesas comecem já hoje a sua preparação para este novo desafio do XBRL e da Solvência II

[1] http://www.asf.com.pt/

XBRL Software

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O XBRL é uma linguagem e formato de reporte que necessita de software para a sua visualização e análise.  Se tal software não existisse o XBRL teria de ser visualizado da seguinte forma:

<eba_met:mi154 contextRef=”C455_0_37171_0_41″ unitRef=”GBP” decimals=”0″>16868515</eba_met:mi154>
<eba_met:mi154 contextRef=”C455_0_37171_0_7″ unitRef=”GBP” decimals=”0″>3539486</eba_met:mi154>
<eba_met:mi154 contextRef=”C455_0_37172_0_13″ unitRef=”GBP” decimals=”0″>2043615</eba_met:mi154>
<eba_met:mi154 contextRef=”C455_0_37172_0_19″ unitRef=”GBP” decimals=”0″>586796</eba_met:mi154>
<eba_met:mi180 contextRef=”C452_0_37086_0_11″ unitRef=”GBP” decimals=”0″>0</eba_met:mi180″>

E na realidade o que queremos visualizar e analisar são tabelas de números. Esta linguagem acima é para as máquinas perceberem um pouco dos números que estamos a tentar partilhar com outras máquinas.

Felizmente há XBRL software que nos vai permitir visualizar e analisar relatórios financeiros criados segundo esta linguagem, não havendo necessidade de entender o código e linguagem que é apenas destinado às máquinas. Obviamente que também não é preciso escrever código para criar os relatório financeiros em XBRL pois há também XBRL software apropriado para a tal criação.

Este XBRL software pode ter várias vertentes, como software que se instala num computador ou software que pode estar disponível na Cloud.

Implementação das ITS e reporte XBRL

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Banco de Portugal
Carta-Circular n.º 1/2014/DSP, de 07-02-2014
ASSUNTO: Implementação das Implementing Technical Standards on supervisory reporting
Com a recente publicação, pela European Banking Authority (EBA), de uma versão atualizada das Implementing Technical Standards (ITS) on supervisory reporting e de uma versão intermédia da taxonomia de reporte XBRL, o Banco de Portugal considera estarem reunidas as condições para divulgar o modelo de comunicação a adotar pelos bancos, dando sequência ao comunicado nas Cartas-Circulares n.os 10/13/DSPDR, de 12 de setembro de 2013 e 17/12/DSPDR, de 30 de julho de 2012.
O primeiro reporte de informação trimestral com base nos novos formatos (referente ao COREP) será efetuado com referência a 31 de março de 2014 e deverá ser reportado até 30 de maio em base individual e até 30 de junho em base consolidada. O reporte mensal (Liquidity Coverage Ratio) deverá ser submetido, com a mesma data de referência, até 30 de abril. Como anteriormente definido, a comunicação entre as instituições e o Banco de Portugal será realizada através da troca de ficheiros específicos em formato XBRL. Haverá, no entanto, um período de transição do formato de reporte em que será permitido o envio de ficheiros Excel, desde que asseguradas as regras de validação (consultar anexo do pacote ITS – Annex_XV_(Validation_formulae) ). O documento com a descrição do modelo de comunicação a seguir no âmbito do reporte da framework COREP-FINREP está disponível no site do projeto .
Dada a abordagem evolutiva utilizada no pacote ITS, o Anexo I apresenta o plano de releases de taxonomias para o ano de 2014. A versão da taxonomia a utilizar para o 1º trimestre de reporte será a v2.0. No 2º trimestre, será utilizada a taxonomia v2.1.
Para garantir o melhor suporte à implementação deste projeto, eventuais esclarecimentos adicionais sobre esta matéria poderão ser obtidos através do email de suporte aos ITS ([email protected]). Todas as questões relativas à implementação respondidas são disponibilizadas no site do projeto de forma a promover a partilha de informação. Questões de caráter técnico devem ser colocadas à EBA através da sua plataforma de Q&A .

CRD IV & SOLVENCY II MANDATES

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The European Banking Authority (EBA) reporting regime under CRD IV comes into effect on 1st January 2014. National Supervisory Authorities (NSAs) are mandated to submit COREP and FINREP data to the EBA in XBRL format, starting in 2014. In most cases the NSAs are, similarly, expecting XBRL filing from regulated firms. Interim reporting in XBRL is also starting for EIOPA, the European insurance industry regulator. The new, XBRL, reporting formats go hand in hand with a dramatic increase in the amount
of data being reported by financial institutions.
Organisations affected by the new CRD IV and Solvency II
regulations have both to expand the scope of their data reporting and introduce a new technology, XBRL, as part of the filing process. Detailed filing requirements are set out in complex taxonomies which are still being revised by the authorities, adding uncertainty
to the technical implementation by regulated firms. The dependencies created by expanded filing, the introduction of XBRL, and the continued development of the XBRL technical filing requirements, make compliance with the new regime a tough challenge.

How CRD IV will bring XBRL to Portugal

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Around November 2010 I wrote on this same blog that “However Slowly, XBRL May Become a Reality in Portugal” [1]. Recently, the approval of the European Parliament on 16 April 2013 of the CRD IV legislative package means that once it is formally approved by the Council of Ministers, that the CRD IV legislation will apply across  the European Union, on a phased basis, from 1 January 2014. This also means that XBRL will be in place from this date since the European Banking Authority – EBA – selected XBRL as the language for National Supervisory Authority – NSA – reporting. The implications for Portugal are obvious since /Banco de Portugal/, the local Portuguese NSA, will have to use and implement XBRL. CRD IV consists of a Capital Requirements Regulation (the “CRR”), and the fourth edition of the Capital Requirements Directive (the “CRD IV”). The CRR will impose a single set of prudential rules, which will apply  directly to all banks in Member States without the need for domestic transposition.

Interestingly enough XBRL UK, XBRL Europe and XII are organising this 17Th June a conference about “Preparing for CRD IV Reporting” [2]. As we can understand from the introduction given above this conference will bethe regulatory event of 2013 since this conference will provide a detailed and coherent insight into a new area which is still subject to some confusion within the industry. Key regulators will be on hand throughout the day to provide support and detailed answers to the preliminary questions or issues one would like addressing. Speakers include Sharon Bowles, Chair of the Economic and Monetary Affairs Committee of the European Parliament, as well as senior figures from the European Central Bank, EBA, and NSAs.

The conference, which is held at the London Hilton on Park Lane on Monday 17 June, is aimed at banking compliance officials and reporting staff and I couldn’t loose the opportunity to recommend it to my colleagues in Portugal because this time XBRL is already a reality and is coming quite fast.

However Slowly, XBRL May Become a Reality in Portugal

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My “day job” is designing and building XBRL taxonomies. Despite my eight years of evangelizing through conferences  and regular meetings with the major regulators and institutions in Portugal, XBRL remains little-known in my country. There was an expectation that the OTOC (Chamber of Chartered Accountants) would become the XBRL facilitator in Portugal, but now that seems to be on hold.

In some ways, it is surprising that XBRL has been slow to take off in Portugal. Regulators and institutions have heavily used XML in their filing programs. For example, a project called IES, developed by Bank of Portugal, Ministry of Justice, Ministry of Finance and Public Administration, and Statistics Portugal, is collecting financial, business, and accounting information through a form-based application or an XML file sent from companies’ ERP systems. This is one of the most successful IT projects in Portugal.

Many of us think that bringing XBRL to IES would be a natural next step in XBRL adoption for Portugal. As it stands, financial institutions that are unfamiliar with overseas XBRL filing regimes remain worried that XBRL has to evolve more before it can add value for analysts and investors. Some hope that Portugal will follow the lead of the UK’s HMRC and mandate Inline XBRL (iXBRL).  Inline XBRL hides machine-readable concept tags behind the legible captions, so that, for the first time, XBRL can be displayed in a browser exactly as the originator intended. This cuts out the middle-man between the reporting company and the investment analyst’s website. Inline XBRL allows the original financial report to be analyzed directly without the time, inefficiency, and errors related to cutting/pasting or transcribing company data into analysts’ spreadsheets.

As it happens in many countries, the ultimate drive for adoption may come from America’s SEC. The SEC’s requirement for XBRL financial statements is forcing the larger Portuguese companies to address XBRL; in 2011 those companies with SEC filing obligations will also need to file their financials in XBRL. This is already encouraging interest among the Big 4 in Portugal, and I am hoping that local software vendors will follow suit.

However slowly, whether from internal or external pressures, it appears that XBRL may become a reality for Portugal.

XBRL: Linguagem universal para a informação financeira

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A sigla XBRL representa no Inglês eXtensible Business Reporting Language. Numa possível tradução para o Português podemos ter XBRL como uma linguagem de reporte financeiro extensível. É uma linguagem pois, é um padrão uniforme de comunicação entre duas máquinas, que normalmente comunicam informação de reporte financeiro e tem a possibilidade de ser estendida à medida das necessidades de reporte dos seus utilizadores.

A ideia de criar esta nova linguagem surgiu a partir de Charles Hoffman, um auditor nos Estados Unidos (CPA – Certified Public Accountant), que considerou os processos de reporte financeiro da altura bastante repetitivos e tediosos. Inicialmente e, isto por volta de 1998, Charles Hoffman elaborou diversos protótipos de relatórios financeiros e programas de auditoria codificados em XML (eXtensible Markup Language) mas desde logo se apercebeu que esta linguagem de marcação extensível é bastante geral e limitada para as suas intenções [Hof01]. Dessa forma, com o apoio da AICPA (American Institute of CPAs) e de mais doze empresas líderes em auditoria e informática, decide criar uma linguagem apropriada para o reporte financeiro.

O XBRL surge, portanto, da linguagem mãe XML mas direccionado para a área financeira. Esta linguagem mãe é já conhecida e utilizada por várias instituições Portuguesas como “uma nova forma de entrega de obrigações declarativas de natureza contabilística, fiscal e estatística” [Ies07]. Actualmente as empresas nacionais podem comunicar os seus relatórios financeiros ao Banco de Portugal, Ministério das Finanças e da Administração Pública, Ministério da Justiça e Instituto Nacional de Estatísticas de uma forma automática, sem custos ou recursos adicionais e sem muito esforço através do XML. Estas vantagens são alcançadas pelas empresas que possuam sistemas integrados de gestão (ERPs) ou simples sistemas de contabilidade (Sage, Primavera, etc) que incorporam a capacidade de exportar os relatórios financeiros no formato XML tal como definido no Portal das Finanças [Efi03].

Estamos, assim, perante uma situação ideal em que a máquina pertencente a uma empresa comunica com a máquina de uma instituição reguladora sem que haja intervenção humana e que [Alv01]:

– reduz a necessidade de introduzir a informação financeira mais do que uma vez, reduzindo o risco de erros na introdução de informação e eliminando a necessidade de introduzir a informação manualmente para vigorar em vários formatos, diminuindo dessa forma o custo de preparar e distribuir a informação financeira,

– aumenta a eficiência da Internet, como a primeira fonte de informação financeira e vai de encontro às necessidades actuais dos investidores e outros utilizadores de informação financeira ao indicar informação precisa para a tomada de decisões.

Contudo e, mesmo perante estes benefícios que as linguagens de marcação possuem, a linguagem XML usada desta forma tem a desvantagem de ser uma linguagem proprietária. No caso acima referido, para a aplicação IES, os ficheiros XML a serem utilizados foram definidos e estruturados de uma forma rígida. Uma outra instituição reguladora pode definir e estruturar outros ficheiros XML de uma outra forma havendo depois dois formatos diferentes de XML. O XBRL surge no sentido de criar uma definição e estrutura universal de ficheiros para recolha de informação financeira criando-se assim um padrão específico e apropriado.

Um pouco por todo o mundo, as entidades reguladoras têm vindo a mandatar o XBRL como o formato de recolha e arquivamento de relatório financeiros [Xbp11]. Nos EUA, a FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) usa-o para recolha de relatórios de conformidade. A SEC (Securities and Exchange Commission) usa o XBRL para a recolha de informação financeira de mais de 9 mil empresas americanas. Na China, a CSRC (China Securities Regulatory Commission) também usa o XBRL para a recolha de informação financeira de empresas cotadas em bolsa. A nível Europeu será usado pela EBA (European Banking Authority) para cumprimento dos relatórios que se fixam em três pilares e 25 princípios básicos sobre contabilidade e supervisão bancária, exigidos pelo Acordo de Capital de Basiléia II. E mesmo aqui ao nosso lado, em Espanha, as empresas têm de reportar em XBRL à CNMV (Comisión Nacional del Mercado de Valores).

Os benefícios das linguagens de marcação para a comunicação de informação financeira são evidentes e muitos reguladores já o reconheceram. Contudo a linguagem de reporte financeiro extensível, o XBRL, é a linguagem mais apropriada a usar.

 

CPA – Certified Public Accountant

AICPA – American Institute of CPAs: http://www.aicpa.org/

ERPs – Enterprise Resource Planning

[Hof01] Hoffman, C. and C. Strand (2001), “XBRL Essentials”, AICPA

[Ies07] http://www.ies.gov.pt/site_IES/site/home.htm

[Efi03] http://www.e-financas.gov.pt/ajuda/DGCI/FAQSI.htm

[Alv01] Alves, P.A.; Silva, P.A.G. (2001b) As Novas Tecnologias como Veículo de Transmissão da Informação financeira, 13th Asian Pacific Conference on International Accounting Issues, Rio de Janeiro, Brasil

[Xbp11] http://xbrlplanet.org/